domingo, 29 de março de 2009

Dilúvio no ABC

Sábado (ontem) saí de casa com a idéia de pedalar um pouco na estrada.


Dei uma calibrada boa nos pneus, regulei o freio da bike, botei uma câmara de ar extra na mochila, e saí.

Eram 11h, e o sol brilhando forte.

Peguei a Av. Cupecê, e saí pedalando. Cheguei na Imigrantes, mas resolvi passar por baixo e continuar mais um pouco.

Subi pra Anchieta, e pedalei até o Ferrazópolis, de onde peguei a Av. Rotary, e segui pela quebrada até Santo André.

Quando estava voltando pro centro de São Bernardo, o céu fechou. Já sabia que não ia ter como escapar.

Peguei um dilúvio voltando pela Anchieta.


Tava foda pedalar na estrada sem sinalização na bike nessas condições. Muito perigoso.

Resolvi pegar a Av. Piraporinha, e voltar logo pra casa.

Na volta o tempo clareou um pouco, e eu ainda parei pra fotografar esse maverick que está a venda numa loja perto de casa.


Quanto será que custa um desse?

quarta-feira, 25 de março de 2009

Steve Prefontaine (1951-1975)

Se existe algum corredor fundista que pode ser comparado a um astro de rock, é Steve Prefontaine.


Pre (como era conhecido) nasceu em 1951 em Coos Bay, no Oregon. Na sua adolescência pensou em jogar futebol americano, mas era pequeno demais. Seu destino eram as corridas.

Se não estava na escola ou trabalhando em um de seus três empregos, estava correndo. Os policiais locais o detinham com frequencia, pois costumava correr através do povoado durante a noite.

Pre começou a chamar a atenção após acumular 11 vitórias consecutivas numa temporada invicta em sua cidade natal, e estabelecer um recorde nacional nas duas milhas.


Certo dia recebeu uma carta de Bill Bowerman, para ir correr pela Universidade do Oregon. Steve foi, e não faltou a nenhum treino. A dedicação e a seriedade com que treinava, sua forma agressiva de correr e seu carisma logo o levaram a um lugar de destaque no mundo das corridas.

Pre bateu todos os recordes de 2.000 a 10.000 metros.

Durante sua carreira, ele ganhou 120 das 153 corridas que correu.

Em oito ocasiões correu a milha em menos de quatro minutos.

Ganhou os 5.000 metros nos Jogos Panamericanos de 1971.

Ganhou as eliminatórias olímpicas dos EUA de 1972 nos 5.000 metros, e chegou a correr uma das corridas mais dramáticas da história olímpica aos 20 anos de idade.

Prefontaine lutou pelo direito dos atletas amadores dos EUA a prosperar, ganhar a vida e receber apoio para o treinamento.

Essa defesa teve um preço, porém Pre não tinha nada a perder, vivia num trailer por 60 dólares mensais e conseguia comida trocando selos e fazendo bicos.

Numa ocasião, Pre recusou uma oferta de US$ 200.000 para correr o circuito da ITA. Fazê-lo colocaria em risco sua condição de atleta amador, e uma segunda chance para ganhar a medalha de ouro (nas Olímpíadas de Montreal. Corrida que não viveu para correr.)


Mas além de todos recordes e vitórias, houve uma grande decepção. Munique. Pre somente conseguiu terminar em quarto lugar, a um passo de conseguir uma medalha, e a uma vida de distância do ouro.

No auge da sua carreira, Prefontaine ajudou muito nos desenhos da Nike, e é o responsável pelo crescimento que a marca e as corridas teriam nas décadas seguintes.

Pre correu e ganhou sua última corrida em 29 de maio de 1975, no Hayward Field em Eugene.
Morreu no dia seguinte aos 24 anos de idade, voltando de uma festa onde havia tomado algumas cervejas, dirigindo seu carro.

Porém como ele mesmo disse: “corro melhor quando corro em liberdade".



Algumas citações clássicas de Prefontaine (em inglês mesmo):

"Some people create with words or with music or with a brush and paints. I like to make something beautiful when I run. I like to make people stop and say, 'I've never seen anyone run like that before.' It's more than just a race, it's a style. It's doing something better than anyone else. It's being creative."

"A lot of people run a race to see who is fastest. I run to see who has the most guts, who can punish himself into exhausting pace, and then at the end, punish himself even more. Nobody is going to win a 5,000 meter race after running an easy 2 miles. Not with me. If I lose forcing the pace all the way, well, at least I can live with myself."

"To give anything less than your best is to sacrifice the Gift."

"I don't just go out there and run. I like to give people watching something exciting."

"Somebody may beat me, but they are going to have to bleed to do it."

"How does a kid from Coos Bay, with one leg longer than the other win races? All my life people have been telling me, 'You're too small Pre', 'You're not fast enough Pre', 'Give up your foolish dream Steve'. But they forgot something, I HAVE TO WIN."

"A race is a work of art that people can look at and be affected in as many ways they’re capable of understanding."

"You have to wonder at times what you're doing out there. Over the years, I've given myself a thousand reasons to keep running, but it always comes back to where it started. It comes down to self-satisfaction and a sense of achievement."

Corrida 10K - Wet n' Wild / TVB

Saiu o resultado da prova de 10Km que fiz em Itupeva, interior de SP, no final de semana passado.

O percurso era em asfalto e terra. Terra não. Lama, já que choveu.
E não tinha quase nenhum trecho plano. Praticamente uma corrida de montanha.


Fiz os 10Km em 0:44:17. Uma melhora drástica no meu tempo anterior.
Isso mesmo com a dificuldade infinitamente maior dessa prova.

Na colocação geral fiquei em 72º de 552. E na minha categoria de idade, em 13º.

Ritmo de 4:25 min por Km.

Agora só vou correr dia 09/05 a corrida da Fila Night Run. E a minha meta é quebrar esses 0:44:17 de longe.

sábado, 21 de março de 2009

Represa Billings

Fui dar uma pedalada rápida hoje, e acabei na represa Billings.


É muito perto de casa, mas eu nunca tinha ido por esse caminho. Só pela Imigrantes.

Seguindo a Av. Sabará até o final, você já cai na Rua do Mar Paulista, onde se tem uma boa vista de um braço da represa.


A idéia era seguir pela Estrada do Alvarenga até a Imigrantes, e voltar por Diadema. Mas pra variar minha bike me deixou na mão.


A represa foi idealizada nas décadas de 1930 e 1940 pelo engenheiro Billings, um dos empregados da extinta Light, daí o nome.
Inicialmente, a represa tinha o objetivo de armazenar água para a usina hidrelétrica de Cubatão.
Em função do crescimento populacional e industrial da Grande São Paulo ter ocorrido sem planejamento, principalmente ao longo das décadas de 1950 a 1970, a represa Billings possui grandes trechos poluídos.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Ubatuba - Praia da Enseada

Algumas fotos que meu pai tirou em Dezembro 2008:






Nem vou escrever nada, pra não estragar...

domingo, 8 de março de 2009

Lesão, Queda e 21,097Km

Hoje, dia 8 de março, participei da Meia Maratona Internacional de São Paulo.



Havia começado a treinar para os 21km em Janeiro. Aumentei a frequência de treinos de 3 para 5 vezes na semana, com um treino longo nos finais de semana. Também participei de uma prova de 10km que fiz em 00:48:50, e me empolgou ainda mais a treinar.

Chegando perto da prova começaram os imprevistos. Viajei a trabalho três semanas antes da prova, e fiquei 14 dias sem correr nada. E só na cerveja.
E pra botar a cereja no bolo, fiz o último treino longo antes da prova dia 01/03, e lesionei o dorso do pé. Descanso e cataflam nele até o dia da prova.

Acordei hoje 6 da matina, coisa que não faço nem pra ir trabalhar, e fui pro Pacaembu. Cheguei cedo demais. Botei o chip no cadarço, prendi o número de peito e fiquei conversando com um pessoal.

Oito em ponto foi dada a largada. Demorou um pouco para achar espaço pra correr, pois havia muita gente (8.000 pessoas segundo o jornal), então fiz um ritmo mais lento no começo.



A Av. Pacaembu colaborou com uma sombra nos primeiros 2km, mas depois que chegamos no elevado, o sol começou a castigar.

Fui tranqüilo até o km 13. Até que resolvi pegar água no próximo posto de hidratação.
Desacelerei, fui pra direita, e no mesmo segundo em que estava pegando o copo escorreguei num copo vazio no chão. Caí de cara. E como não sou de cair sozinho, levei alguns copos comigo.
Banho de água mineral tomado, cotovelo e mãos raladas, xingamentos ditos, continuei a prova.

Depois do km 17 as coisas começaram a ficar mais difíceis. A lesão muscular no dorso do meu pé voltou forte, e o calor não ajudava.
Já que estava na merda mesmo, acelerei.




Completei os 21km em 01:49:51.

Fiquei satisfeito. Resultado muito bom para minha primeira meia maratona.

E de quebra, dei um papelão num evento de atletismo internacional.


segunda-feira, 2 de março de 2009

Protótipo do Paraíso

Sábado fui de bike até o Solo Sagrado de Guarapiranga (http://www.solosagrado.org.br/).

O Solo Sagrado é a idealização do japonês Mokiti Okada do paraíso terrestre.



Já havia ensaiado ir pra lá algumas vezes, e acabei me empolgando nesse fim de semana com um relato que li em outro blog.

Saí de santo amaro às 13:30h, calibrei os pneus da bike, e desci pela av. washington luís até a ponte do socorro. De lá peguei a av. robert kennedy, um percurso plano com vista para a represa. Muitos veleiros e pessoas nos bares de frente para a àgua.



A parte difícil começou na av. teotônio vilela. Muitas subidas e descidas, e movimento grande de caminhões. Estava com medo de perder a entrada para a estrada do jaceguava, mas a mesma estava identificada com uma placa (bem pequena).

Na estrada do jaceguava, a paisagem muda drasticamente, saímos da cidade para uma estrada de duas mãos no meio do mato. E mais subidas e descidas. Haja perna.



Para chegar no Solo Sagrado, é preciso entrar à direita na estrada do jaceguai, que está devidamente identificada. O bom é que a cada subida você pode esperar uma descida depois. Difícil achar um trecho plano nessa estrada.

Total de ida e volta chegou em torno de 50km.




No Solo Sagrado existe bebedouro, banheiro e estacionamento para bicicleta logo na entrada. O pessoal da recepção é simpático, e o ambiente é de calma e paz. As pessoas andam devagar, lendo, meditando, e apreciando a beleza do local em silêncio.

Para quem mora em São Paulo e está procurando uma pedalada para um dia (ou uma tarde), vale a pena. As fotos falam por si só.